Blablaísmo

Blá blá de qualidade

Archives

Michel contra o papel 2.0 #12 – A arte do desapego

As brumas de avalon

Hoje eu peguei emprestado a coleção d’As Brumas de Avalon emprestado com uma amiga e acabei pensando sobre isso: É fácil emprestar algo que você tenha em alta estima?

É e não é.

Como a teoria de Einstein isso é muito relativo. Depende do tipo de coisa que vamos emprestar, se nos é de muito valor, financeiro ou emocional, se a pessoa que irá ter a dádiva de ter algo precioso em mãos.

Para mim é difícil emprestar algo para alguém que eu conheça a menos de um ano e não saiba dos costumes da pessoa, se ela conserva bem seus bens, se já teve algo emprestado de alguém, se já devolveu e se devolveu, se devolveu em bom estado. Sempre acabo perguntando para o dono do item devolvido se a pessoa devolveu inteiro e sem maiores danos.

Algumas das maiores dores que carrego em relação aos meus amigos é que alguns deles eu não empresto nada NEM FODENDO de forma alguma.

Um exemplo, um amigo, o qual não citarei o nome, mas é um dos meu melhores amigos, certa vez emprestei uma revista/gibi/HQ do universo amálgama, aquele que saiu logo depois do primeiro Marvel vs. DC, e ele simplesmente me devolveu a capa MASTIGADA! Justo a capa com o Garra das trevas que era a união dos meus dois personagens favoritos de cada universo: Batman e Wolverine. Nunca mais lhe emprestei nada. A não ser dinheiro, pois quero ver ele amassar uma moeda de cinquenta centavos (sem ajuda de alguma máquina).

Outra, uma vizinha, criada comigo desde pequena, pegou meu CD do Aqua (sim eu gosto de Aqua, anos 90, blábláblá) que inclusive foi o primeiro CD que eu comprei e paguei por volta de R$25,00 e fiquei quase uma semana com  arrependimento pois nunca tinha comprado nada tão caro, e devolveu com uma rachadura na capa DO TAMANHO DO COMETA HALEY! Não preciso dizer que nunca mais emprestei nada para a pessoa. Inclusive acho que fui um pouco burro, pois eu a conhecia desde pequeno e sempre soube do cuidado que ela tinha com as próprias coisas e mesmo assim, achando que poderia mudar alguém, emprestei com a melhor das intenções achando que a pessoa teria cuidado com a coisa de outrem. Tolo que fui.

Mas se tem uma coisa que posso dizer para vocês de todo coração, é que sou um bom cuidador da coisa alheia. Já cuido das minhas coisas, relativamente bem (não no nível Big Bang Theory) e com os pertences de terceiros eu trato como se fosse o Um Anel (PREEEEEECIIIIOUUSSSSS, MY LOVE).

Então o conselho do dia é: tome conta das coisas dos outros como se fosse mais do que seu, como se fosse nitroglicerina.

Até amanhã.