Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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Ressaca pós-aniversário

Eu costumo aprender assim: vivo/experimento, analiso e critico, depois mudo (ou não).

Nestas últimas semanas a frase “deixe o passado para trás e siga adiante” foi uma destas coisas que eu aprendi a dar valor na marra, apanhando, sofrendo, vivendo.

Acontece que depois que a gente começa a aprender a deixar o passado no Passado e aprende a viver o o presente no presente, percebemos o quanto que MUITA gente ao nosso redor ainda não concebeu esta ideia.

Resultado: padecemos por elas.

Não falo de “ter dó”, ou piedade, nada disto. Falo de compaixão, daquele sentimento que a frase “ah não! deixa disto” em tom de clamor praticamente explode em nossa mente.

Meu passado é repleto de alegrias e tristezas. (É diferente do de alguém!?)
Meu passado é repleto de tropeços e vitórias. (Está se identificando?)
Em meu passado me senti incapaz de seguir adiante, mas segui. (Aposto que você está começando a achar que estou falando de você!)

O passado só tem DUAS funções: (1) deixar o gostinho de saudade, (2) ensinar lições para a vida;

No que falo da SAUDADE, cuidado para não cair na melancólica estupidez do “aquele tempo é que era bom”. O tal “aquele tempo” já se foi, meu querido. Sabe o máximo que você pode fazer com relação “àquele tempo”? Nada além de se lembrar. Sentiu saudade de alguém que você ainda tem acesso? Diga isto para ela. Sentiu saudade de alguém que simplesmente SUMIU da tua vida? Vire a página. Há muitas outras páginas depois daquela.

O passado ensina. Seja pela dor, seja como for, ele ensina. Daí nós aprendermos é outra coisa. Diferente, porém não necessariamente distante.