Estruturar para mudar a realidade e ensinar a pensar!
Já faz alguns dias que não escrevo. Não é falta de idéias, é preguiça que ficar postando qualquer coisa. Replicar informação? Não, melhor não.
Mas acontece que hoje acordei pilhado. A pilha foi “que porcaria estou fazendo para transformar a realidade do mundo em que vivo?”. Mas que tipo de pergunta é esta? Vou tentar explicar. Me acompanhem.
Quem bem me conhece, sabe que tenho o hábito de contestar muita coisa: televisão, política, religiões, economia, moral, cultura…
Por que contestar tanto? Simples: não estou satisfeito. E não é com a minha vidinha. Não, minha vidinha é confortável, estável, tranquila. Mas como ficam aqueles que não têm isto? Como fica a vida de quem não sabe a diferença entre hoje e ontem, passado e presente? Como fica a vida de quem não é capaz de ler um texto e depois explicar o que leu, por mais simples que o texto seja? Como fica a vida de quem não tem acesso à qualquer forma de conhecimento, livros, pesquisas e qualquer forma de cultura útil?
É preciso fazer algo. Mas como!? Educação. E não, não falo de cabresto, como a maior parte da educação é tratada no mundo. Falo de ensinar a pensar, ensinar a decidir, ensinar a comparar e apurar uma informação.
A televisão, os jornais impressos, as revistas, a internet não farão isto. Não faz nem fará! São apenas meios de propagação de conteúdo. A maioria dispensável, por sinal.
Mas nós podemos fazer isto, podemos provocar mudanças positivas e amplas. Podemos ensinar as pessoas a fazer isto. Eu estou aprendendo, por que outras não podem? Por que até hoje negam levar isto a elas?
Por razões óbvias: manter as coisas como estão mantém o mundo como está. E este mundo está uma porcaria! Para todos? Não. Claro que não. Mas para muitos, sim. E eles devem ter a chance de mudar isto. Sim, DEVEM ter sim!
Sou um mero mortal, sozinho não mudarei o mundo, não ambiciono ser nenhum herói, mas pretendo fazer algo. Fazer a minha parte para tirar da pocotonisse quantas pessoas eu for capaz.
Daí o título do texto: estruturar para mudar a realidade. Sim, para ensinar preciso aprender. Para aprender preciso me dedicar, maturar o conhecimento e formas eficazes de transmitir isto.
Me infiltrar neste sistema crítico, o nosso sistema educacional. Me infiltrar sim, porque ensinar a pensar, questionar, não é o que estão fazendo. A atual conjuntura de nosso sistema educacional apenas cria massa de trabalho (mão de obra), não pessoas pensantes.
Enfim, este é um pequeno desabafo de um mortal, um pequeno ponto no meio de outros 7 bilhões de pontos neste planeta. Mas se eu puder abrir a mente de alguns destes pequenos pontos, se eu for capaz de ensiná-los a questionar com argumento, a provocar mudanças em prol daqueles que estão desprovidos das estruturas básicas para se ter uma vida saudável, então terei cumprido minha meta.
Paz e sorte à todos!
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*pocotonisse: ato ou efeito de ser ou se tornar um pocotó, um burro de carga, um ser não pensante, acrítico, desprovido de senso acurado. Algo próximo de 80% da população mundial, ou mais.
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Words I Never Said (feat. Skylar Grey)
Olha, se não muito me engano, você acaba de descrever a função do professor.
Ô Mitch, gostaria que eu tivesse descrito COMO SÃO os professores e não o que DEVERIAM ser.
Como toda regra tem exceção, alguns já são assim, outros talvez serão, outros “nunca serão”! (by Tropa de Elite!)
É, Patux, isso é coisa pro Wagner fazer.
=P
Gilga, isto é coisa pra qualquer um, que preze por um presente e futuro melhores, fazer.
Educar as novas gerações (e re-educar as atuais), em prol de uma sociedade mais pensante e menos “zumbi”, é responsabilidade de qualquer um que tenha um lampejo de lucidez na vida.
Há de se observar que muitos parecem nunca terem tido este lampejo. (rs)
Cara, isso dá cada discussão no mestrado e em sala dos professores.
Pois é… mas pior seria se esta discussão caísse no esquecimento. Isto é que não pode acontecer.