[MCP4] Um sonho automotivo
Sabe aquela vontade de ter um carrão esportivo cujo valor é uma quantia obscena? Eu nunca tive.
Na verdade eu nunca tive vontade de ter um carro. Nunca foi muito forte na juventude e conforme fui crescendo e tomando consciência das coisas o desejo de desejar diminuiu ainda mais. Isso se deve a alguns fatores tais como: preço do automóvel, preço dos combustíveis, impostos para manter o veículo em dia, revisão, peças, estacionamento, trânsito e um bocados de outros contras que, na minha análise, bate de longe os prós.
Claro que há comodidade de se ter um veículo particular, principalmente quando se tem família, mas ainda prefiro o transporte público, que mesmo mal das pernas ainda atende muito bem. O que já seria um ponto negativo, caso eu morasse em alguma cidade do interior que não tivesse um sistema de transporte coletivo bem implementado.
Esses dias conversei com uma galera muito linda de um tal de Zamilingrado, o melhor grupo do facebook do melhor canal feito por um careca barbudo de óculos do youtube, sobre mobilidade urbana e pasmem, nem toda capital tem um sistema de transporte maravilhoso. E mesmo aqueles que possuem, (maravilhoso do meu ponto de vista caipira fluminense) como São Paulo, acham que é pouco. E realmente é. Um exemplo é o Rio de Janeiro, uma cidade com uma geografia peculiar e com uma malha metroviária/ferroviária ridícula. Temos aqui trens urbanos, metrô, barcas, VLT e ônibus. Nenhum desses sistemas é integrado. Tínhamos algo muito bom (só que ao contrário) chamado bilhete único, que ultimamente tem se sustentado através de liminares, que já era caro. Para solucionar o problema do trânsito caótico que assola a cidade o que o governador e o prefeito fazem? Claro que colocam mais ônibus nas ruas. O maravilhoso BRT já nasceu morto. Possivelmente a única vez que o ônibus biarticulado sai vazio é da garagem. Mas é como dizem, enquanto as decisões forem tomadas por pessoas que não andam de ônibus, a mobilidade urbana não melhorará.
Carro? só se eu ganhar em algum sorteio e é bem capaz de eu vendê-lo para ficar com o dinheiro ou comprar um de menor valor.
Até amanhã.
Em relação ao funcionamento do sistema de transporte público, Vitorinha que é uma ilha – embora tenha uma parte continental – não possui mais o sistema aquaviário que ligava o município de Vila Velha à capital, sendo este extinto em 1994 (se não me engano).
Agora, olhando os municípios que fazem parte da chamada Região Metropolitana da Grande Vitória, que é composta por Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Guarapari e Fundão. Todo o transporte é rodoviário e integrado pelo Transcol (nome do sistema de coletivos intermunicipal), basicamente cada município possui terminais e enquanto você estiver dentro do ônibus não é necessário pagar novamente ao entrar em outro terminal (imagino que seja assim em outros estados). Alguns destes municípios possuem seu próprio transporte público, possibilitando assim alcançar regiões que não são acessadas pelo Transcol, neste caso você deve pagar outra passagem.
Bom, mas se pareceu algo lindo e maravilhoso já adianto que não é. A Região Metropolitana cresceu muito e a frota não dá conta, principalmente nos horários de pico, onde é comum ter que esperar outros ônibus para poder entrar. Fora toda a treta do valor das passagens, a não abertura das tabelas que informam o lucro das empresas. Nada de novo no front, imagino.
É isto! Ótimo post mininu Mitch!
Abraços!
É triste não termos um planejamento urbano decente. Nem de crescimento demográfico nem de transportes urbanos. E olha que o Brasil com seu tamanho continental era para ser interligado com vias férreas há muito tempo. É uma tristeza ver muita ferrovia apodrecendo ao sabor do tempo e todos dando preferência às estradas e o valor dos bens de consumo elevando-se por conta de frete desnecessário. Sem contar nossa costa que favorece transporte marítimo, mas não há interesse. Muito triste mesmo.
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Abraço!