O casamento provavelmente é uma das instituições mais antigas e curiosas já produzidas pelo ser humano. Juntar duas pessoas que viveram um tempo separadas e com costumes um tanto quanto diferentes com a premissa de ser felizes para sempre. Um spoiler: não serão.

Não tenho um olhar pessimista sobre o matrimônio, muito pelo contrário. Só acho utópico demais achar que ele será feliz o tempo todo, até porque acredito que ninguém é feliz e sim está feliz. E o casamento não é feito só de flores, tem seus espinhos pelo caminho também. Vocês vão brigar e muito ou pouco não é importante e sim que essas brigas sejam para que todos cheguem a um comum acordo para que aquilo que tenha gerado a briga não venha a acontecer novamente. É como fazer uma quest, enfrentar um monstro, derrotá-lo e aumentar o XP. Nada de brigar pensando em game over. O casamento tem muitos continues e só não aperta o start quem é bobo.

Uma coisa importante a banda Kaiser Chiefs nos diz em uma de suas canções: “o amor não é uma competição, mas eu estou ganhando”. O casamento não deve mesmo ser uma disputa e todos deveriam ganhar com ela. Uma parceria, sociedade e outros sinônimos para a junção de pessoas em prol de um bem maior, sendo ele o crescimento de ambos. Uma boa parceria acontece quando um tenta colocar o outro para cima e não o contrário.

Comunicação, além de ser imprescindível para nos fazermos entender e demonstrar uma ínfima parte do que se passa em nossa cabeça, também ajuda para que o relacionamento não tome os caminhos tortuosos da presunção. Como saber se a toalha molhada que ele ou ela deixa na cama é uma afronta ou uma completa falta de noção espacial e da dinâmica dos elementos da natureza e sua interação com o meio social? Diálogo. Serve  também para questões um pouco mais complexas como quem comerá a última batata frita.

Confiança. Acima de tudo em si mesmo. Sim, você tem de confiar na pessoal mais essencial de sua vida que é aquela que você no espelho todos os dias. Somente com essa autoconfiança que você percebe que pode confiar em outrem. E se alguém trai essa confiança, não é porque você é idiota, é a outra pessoa que é mau caráter. Nada como um relacionamento saudável onde a confiança é um dos pilares do casal. Viver em desconfiança é um veneno por demais lento e dolorido.

E tudo isso tirei de minhas próprias experiências amorosas e de pessoas próximas. Longe de mim querer instituir alguma regra de ouro, até porque autoajuda não é um gênero literário que eu tenha entre meus preferidos. Cada casal tem uma dinâmica e regras internas diferentes e o que escrevi aqui tem o simples intuito de mostrar algumas coisas que dão certo e podem ajudar na manutenção da paz em vossas residências.

Esse post foi incentivado por um amigo que casou ontem e outro que casará ano que vem. Felicidades e paz para vocês, meus queridos!

Até amanhã.

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Wagner Brito

Em 2007 eu criei esse blog. Desde então tem sido uma longa caminhada.