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[MCP3] O desgaste do esporte bretão

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Brasil enfrenta Alemanha com o Pacaembu cheio. Leia mais em: http://www.portaldorugby.com.br/noticias/selecao-brasileira/tupis-vivem-dia-de-recorde-de-publico-no-pacaembu-mas-triunfo-e-alemao

Minha relação com o futebol pode ser descrita como aquele relacionamento afetivo que se desgastou com o tempo. E três fatores levaram a isso: torcedores, jogadores e dinheiro.

Os torcedores pelo fato de se mostrarem uma faceta bela e horrenda do esporte. Ama e odeia com uma facilidade que desafia o raciocínio humano. Brigam pelo time. Discutem pelo time. Param de falar com um ente querido pelo simples fato de torcerem para times diferentes. Descartam qualquer tipo de esporte que não seja o deus monoteísta chamado futebol e quando se dão ao trabalho de assistir a qualquer outro esporte, agregam a cultura futebolística a esse esporte, principalmente no quesito do “o segundo lugar é o primeiro dos últimos”.

Os jogadores, antes agraciados com a honra de representar um time, hoje em dia fazem o mínimo de esforço possível, tentam ganhar o máximo de dinheiro possível e tentam arrumar confusões o máximo possível. E o mais interessante é observar que com o passar dos anos adotaram a filosofia da vaca com o fato de ser convocado para a seleção. E quando os onze paspalhos não jogam bem, quem paga o pato é o técnico. Estratégia muito besta essa.

O dinheiro, esse grande motivador de tudo. Se joga por ele, torcem por ele e tudo é organizado em volta dele para trazer mais de seus semelhantes para o bolso de uma parcela pequenina.

Nunca tive muita paciência, quando pequeno, para assistir a uma partida inteira de futebol. Sempre considerei mais proveitoso praticar o esporte, apesar de nunca ter jogado bem. Acredito que se o país, e as cabeças dos que aqui moram, não fosse tão pequena e tacanha, poderíamos ter mais esportes com um bom status nessas terras. Mas o que esperar de um lugar em que o programa esportivo, tomemos como exemplo o da globo, chamado globo esporte reserva uma pequenina, senão minúscula parcela de seu tempo a outros esportes. Se o programa fosse uma pizza os demais esportes seriam uma azeitona.

Por conta desse frenesi com a bola redonda que eu carrego uma das minhas maiores dores, que é não ter conhecido o rugby antes. Outra paixão que tive no mundo esportivo foi o vôlei, porém a falta de lugares para praticar e ter míseros um metro e setenta e seis centímetros, não ajudaram muito para prosseguir nesse caminho.

Há tantos esportes sendo praticados nesse país, mas com tão pouco incentivo que chega a me dar tristeza, mas muito tem sido feito para mudar isso. Algumas cidades adotam um esporte como seu e trazem orgulho a seus habitantes e vão quebrando pouco a pouco a monocultura esportiva brasileira. Ainda bem que a Inglaterra inventou outros esportes interessantes.

Até amanhã.