Acabô-tebayo
Caso você não tenha um irmão, primo, amigo ou conhecido que goste de mangá, anime ou cultura japonesa em geral e não saiba, Naruto acabou.
Após 15 anos de serialização, o autor Masashi Kishimoto, finalizou o mangá que era um dos pilares da tríade da Jump (Uma revista semanal que publica vários mangás, séries e one shots) que consite em: Bleach, One Piece e Naruto, naturalmente. Os quadrinhos contam a história de um capeta em forma capeta em forma de guri, que tem um demônio de nove caudas aprisionado em seu corpo pelo quarto chefe da vila da folha que quase destruiu esta mesma vila e por isso ele é hostilizado por todos seus moradores, menos pelo seu professor. Um enredo normal e corriqueiro. Pode parecer besteira um adulto de 33 anos que lê quadrinhos, e não é, mas para minha suposta defesa, argumento que acompanho o mangá desde que tinha 18. É tempo mais do que suficiente para criar laços afetivos com as personagens, com gente que você conheceu por conta do desenho e discutiu teorias das mais loucas e variadas pelos recônditos da internet. É muito tempo, até mais do que muitos dos fãs têm de vida.
Uma aspecto interessante sobre os mangás que os diferem em relação às HQ’s é que todo mangá tem começo, meio e fim. Mesmo que o mangá em questão seja o Hajime no Ippo, que é serializado desde 1989 e está a pleno vapor. Saber que essa história um dia se encerrará é o que faz da arte uma coisa preciosa. Não que os quadrinhos ocidentais sejam ruins, mas é uma outra forma de contar uma história. Enquanto temos várias histórias sobre o Batman há 75 anos, por exemplo, um quadrinho japonês tem uma vida mais curta, mas bem fechada. Talvez por isso que eu tenha adquirido um grande interesse e apreciação pelas graphic novels, pois são histórias fechadas (ou alternativas) sobre os personagens dos quais eu gosto, sem aquela necessidade de comprar 15 revistas diferentes para acompanhar uma saga, recurso esse que também me fez desgostar de quadrinhos quinzenais, além da falta de espaço e dinheiro.
Confesso que com o término da série eu fiquei ao mesmo tempo feliz e triste. Feliz por ver o desfecho e crescimento das personagens que aprendi a gostar (e a odiar). Triste pelo apego que tive com a série e saber que não terei mais aquela alegria de ler mais um capítulo da história do garoto que queria ser Hokage e tinha um vício de linguagem bem interessante. Mas um consolo para quem se sente órfão do mangá, é que o anime está em andamento e deve demorar um pouco para alcançar sua versão escrita, além do filme que está para sair.
A propósito, One Piece vai bem, obrigado.
yeeeeeeeee
Estou a dois meses sem ler Naruto sabendo que estava na reta final. Assim que pegar um período de tranquilidade lerei numa tacada. A história é muito boa, e o fato de estar numa mídia que consideram mais “infantil” não tira o seu valor. Vale muita a pena ler.