Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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A última bolacha do pacote ou como minha vida amoroso vai de zero a mil negativos

Se no final de quase todos os relacionamentos em que você tem, ou começa a ter, você escuta a seguinte frase: “você é um cara sensacional, único, atencioso, beija bem, transa bem, nunca algum homem me tratou assim antes…” mas mesmo assim você leva um pé na bunda, significa que a pessoa está sendo altamente ironica, certo?

É a sensação que eu acabo tendo no final. Ironia. Com certeza eu devo ser o contrário, mas por algum acordo tácito entre todas as mulheres do universo, isso não pode ser dito de forma direta a minha pessoa. Tem que ser algo floreado, escondido nas entrelinhas.

Mas suponhamos que eu realmente seja isso tudo que sempre me falam. Em um mundo onde mulheres vivem reclamando que homem não presta, que não existe mais cavalheirismo, que eles só querem saber de enfiar o pau dentro e tchau, eu deveria ser um cara cobiçado, afinal, eu sou o contrário do que o senso comum alega. Mas não sou.

O que me leva a pensar em algumas suposições acerca de mim:

– eu sou desinteressante ou meu poder de atração tem uma validade de, no máximo, 3 meses a contar da data de começo de um relacionamento;

– ser professor e ainda morar com os pais, aos 28 anos, é um fator altamente broxante;

– meu destino é me aproveitar de putas e animais de pequeno porte;

– sou a última bolacha do pacote, mas ela está quebrada e com manchas de bolor, então ninguém se arrisca a comer.

Ou talvez seja o que acabei de chamar de “Efeito Rei Leão: O Ciclo sem Fim”. A mulher sai com um cafajeste, é mal tratada, procura algum rapaz que não seja cafajeste, maltrata o rapaz, volta para o cafajeste, é mal tratada, procura algum rapaz que não seja cafajeste, maltrata o rapaz, volta para o cafajeste, é mal tratada, procura algum rapaz que não seja cafajeste, maltrata o rapaz, volta para o cafajeste, é mal tratada, procura algum rapaz que não seja cafajeste, maltrata o rapaz, volta para o cafajeste, é mal tratada… enfim, esse é o “Efeito Rei Leão: O Ciclo sem Fim” do qual falei.

Não sei, talvez eu procure alguma terapia que me ajude a responder essas perguntas. Por enquanto, só me vem a mente aquele trecho de Engenheiros do Hawaii: “a história se repete, mas a força deixa a história mais contada… ié ié uo uo”