Não alimento vagabundos
Agora com os ânimos mais apaziguados, todos sabem que o Fluzão é CAMPIÃO! Podemos então falar de futebol.
Essa paixão, quase, nacional move tanto dinheiro quanto corações neste brasil varonil (Com letra minúscula como forma de protesto).
Falando em dinheiro, esse é o único objetivo hoje em dia para um jogador. Se não é, por favor me apresentem um que ao dar seus discursos se preocupa em jogar o melhor que puder com os melhores ou ajudar seus times (de verdade), ou ainda sua seleção?
Que é indiscutível que os tempos são outros todos concordamos, mas não acho que seja um tempo melhor do que os primórdios do esporte bretão.
Se antigamente o sonho do aspirante a jogador era defender um time nacional e conquistar muitos títulos, chegando assim, à seleção, hoje vemos que nossos meninos querem defender um time europeu e ganhar muito dinheiro e evitar perder tempo na seleção. Não discuto, dinheiro é muito bom. Melhora a condição de vida, traz conforto, cultura (isso é o de menor na escala de interesse deles), mas se tratando de futebol, esse não deveria ser o único objetivo de vida. Isso ocorre por conta da supervalorização desses profissionais. Isso acaba se tornando uma ode aos VAGABUNDOS*.
Por que vagabundos? Pense dessa forma: Eu jogo bola, nos finais de semana porque eu gosto e quero me divertir (FOCO na palavra diversão). Agora imagine se além disso eu tivesse todo um aparato com: Plano de saúde maravilha, minhas lesões que na vida real se curariam em meses levam semanas, academia, nutricionista e um monte de profissionais especializados à minha disposição, estabelecimentos comerciais que não me cobram por eu ser jogador, se for famoso então aí é que os agrados correm soltos, patrocinadores pessoais que mesmo depois de parar de jogar não haverá preocupação com dinheiro. Toda essa estrutura e MUITOS dos jogadores não dão o mínimo, que dirá o sangue pelo time.
Pior do que esses vagabundos são os “torcedores“. Gritar, cantar, xingar e provocar a outra torcida, é uma coisa normal e até divertido para se fazer no estádio. Brigar, roubar, depredar e matar NÃO. Violência nos estádios e fora deles também, infelizmente já virou lugar comum, me surpreendo sim quando acontece de vermos confraternização entre torcedores rivais, famílias assistindo aos jogos na arquibanca sem preocupação, polícia só figurativa, enfim, utopia.
Eu já gostei muito de futebol, acompanhava e pensava em regularmente ir aos estádios para incentivar meu time, mas como muitos, pelos motivos acima descrito, perderam o tesão. Assim como eu não dou esmola, não alimento vagabundo. Se meu time perde, mas luta até o fim, é claro que fico chateado, quero xingar muito no twitter, mas eles se esforçaram e aquele não era o dia deles, futebol tem disso. Porém falta de comprometimento e vontade eu não aceito.
Pelo menos me resta o alento de depositar minhas esperanças em acompanhar o vôlei, tanto feminino quanto masculino ainda me dá gosto, pois vemos a raça e a vontade de ajudar a seleção que eles têm.
*(Não se pode generalizar, na questão vagabundos, pois nem todos os times dispõem dessa estrutura)
Nossa, muito bem escrito esse texto!
Falou tudo!
;D
Alugue Linha de Passe http://t.co/Mco42p0 e em seguida assista ‘Invictus’ http://t.co/GF6X00B , os vagabundos são minoria Michel. =)
Linha de Passe é sensacional! Sensacional!
O filme tem um que reality show, mas ao mesmo tempo é como se você visse vários curtas ao mesmo tempo, pois a estórias da empregada, do motoboy, do crente, do jogador de futebol e do moleque que quer conhecer eu pai são muito boas. =)