Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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Looooocô! Locô locô locô locô, eu sou da UNESP

Quinta-feira – 15/11 – 1º dia

Obs.: clique aqui para saber o prólogo.

Quando você sabe que vai passar no mínimo três dias dormindo pouco, o mais sensato é descansar o máximo que puder na viagem de ida, certo? Errado! Você não consegue descansar, por mais que tente. Principalmente se, no seu ônibus, estiver alguns estudantes da Educação Física altamente bêbados. Bêbados em um ônibus sem banheiro, diga-se de passagem.

Então musiquinhas do tipo orme orme, se não durmo ninguem dorme e essa noite eu tive um sonho, farofa-fa… embalaram toda a viagem. Todas as 5 horas de viagem. Um detalhe que vale ressaltar: era para ser em 4 horas, mas todo momento o ônibus parava para o pessoal esvaziar a bexiga. E tudo isso embaixo de uma chuva torrencial!

Enfim chegamos em Franca, interior de SP. Mas aguardamos mais meia-hora dentro do ônibus, esperando a chuva ficar fraca e tirar as malas. E essa foi mais uma batalha. Não para tirar as malas, mas para arranjar um lugar para dormir. Todos os quartos lotados, nem um mísero espaço pequeno para um rapaz magro. Até que um amigo meu me avisa que tem lugar sobrando em um grande salão. Lá vou eu, com minha mala e colchonete. Vejo aquela horda de estudantes e penso: fudeu! Vou ser pisoteado aqui! Até que vejo algumas mesas encostadas na parede. Vou próximo, analiso o espaço e pronto! Consegui arrumar minhas tralhas embaixo da mesa. Nada como um canto para dormir onde ninguém vai encher o saco. O que não deu certo, mas vocês são saberão disso mais tarde.

Ok, já estabelecido, fui procurar alguma padaria próxima para tomar um café, pelo menos. Eu e dois amigos. Nada de achar padaria próxima, mas encontramos uma farmácia. Perguntamos para o rapaz do balcão onde teria uma padaria proxima e pasmem: tomamos alguns copinhos de café na farmácia! Na farmácia, cara! Isso é altamente surreal!

Mais despertos, fomos para o ônibus que iria nos levar para o ginásio que teria alguns jogos. Disseram que era longe, mas descobrimos que era apenas quatro quarteirões do nosso alojamento. E o ônibus fez uma senhora volta para chegar até lá. Desconfio que o motorista ganha por quilometragem percorrida. No ginásio, aproveito para comer um misto-quente e tomar uma cerveja (a cerveja foi mais barata do que o misto. Depois dessa, resolvi não pagar nenhuma cerveja).

Jogos no ginásio, fazendo coreografias básicas ao som das baterias de cada campus, curtindo os jogos, pedindo cerveja para o pessoal de Franca (esses danados podiam tomar cerveja de graça durante o dia… e a cerveja era Bohemia!). Hora do almoço, resolvemos voltar andando para o alojamento e no meio do caminho paramos em um restaurante barato para almoçar. Vocês conhecem PF? PF, para os desavisados, é a abreviação de Prato Feito. Mas nesse Interunesp, ele ganhou um novo significado: Pedreiro Faminto! Muita comida, e sem sal! Comemos mesmo assim, já que a fome era grande.

Depois do descanso do almoço, fomos para outro ginásio. Esse realmente longe. O nome do lugar é Pedrocão. Vou comentar melhor sobre ele na última parte dessa odisséia, senão vai ficar longo demais. Pulemos direto para a festa!

A primeira fez é conhecida como A Festa da Bata. Como assim? Explico: cada campus da Unesp tem a sua bata. A de Rio Claro, sabe-se-lá-por-que, é rosa. Nada contra rosa, se a bata tivesse um desenho bonito. Foi a bata mais feia de todo o interunesp! Até o pessoal de São Paulo fez algo mais bonito. Dificilmente conseguiria trocar com alguém. Quando cheguei no local da festa, era um oceano de batas rosas, verdes, amarelas… várias cores. No palco principal teríamos Jammil. No palco secundário, João Lucas e Matheus (sertanejo) e Frei Caneca (samba-rock).

Atenção, agora você vai entrar na ZONA DE VAGAS LEMBRANÇAS!

Logo na entrada, dou dez passos e já estou em um dilema: o que beber primeiro? Bohemia, Original ou Vodka? Tudo open-bar… decido pela Original. E vai cerveja e vodka com refrigerante a noite toda.

Não sei como foi o show de sertanejo (ou sertanojo, como preferir), mas a banda de samba-rock foi muito divertida. Com direito a grito do hino oficial do Interunesp (veja o título desse post). Tinha poucas batas rosas no show. E bastante laranja (Botucatu), amarelo (Bauru) e azul (Rio Preto). O povo de Rio Claro estava é no show do Jammil. Não gosto de axé. E muito menos de Jammil. Mas bêbado é foda é fui lá curtir o show. Bem, lembro que curti, pois tenho flashs de memória.

Me disseram que eu mandei alguém para a p**a que p***u, mas ninguém lembra o porque disso. Lá pelas 5 da matina fui embora, trançando as pernas. Eu e um amigo, tão ruim quanto eu. Esse meu amigo vomitou em cima de duas garotas, dentro do ônibus e eu tive que apartar um possível apedrejamento dele. Mas não vou dar mais detalhes agora.

O mais engraçado que aconteceu nesse ônibus foi um cara da Computação, altamente bêbado, falando: “pode ser baixinha, pode ser gordinha, pode ser feinha… eu encaçapo mesmo!”. A parte ruim foi o motorista errar o caminho e demorar demais para chegar no alojamento.

Quando ele chegou, consegui alcançar meu local de descanso e tentei dormir…

continua