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A revolução

texto baseado na leitura do texto Repensando a noção de cidade in A cidade de Ana Fani A. Carlos, Contexto, 1994.

O capitalismo produz as cidades, pois elas abrigam o modo de produção. O capital controla tudo e a todos, pois hoje vivemos sob condições ditadas por um modo de produção capitalista desenvolvida pelos homens. Então, será o capital uma espécie de Deus, sendo adorado e mistificado? Doutrinando o modo de como os homens devam (sobre)viver?
O modo como a sociedade vive hoje se dá pelo modo de como o capital se reproduz, sendo condicionado por seu estágio de desenvolvimento. As pessoas não fogem ao controle do capital, já que tudo – o que inclui moradia, trabalho, alimentação, saúde e educação – tende a submerte-se às necessidades e às perspectivas de sua acumulação.
Impõe-se à disciplina e à ditadura do capital.
O processo de produção humana é determinado por um contexto histórico que produz as condições de sua existência no mundo do capital. Dessa forma, resulta uma vinculação direta ou indireta das condições de como se dá a vida em sociedade urbana, ocorrendo o aprofundamento das distâncias entre a opulência e a miséria.
Ao se modificar as condições da vida em sociedade, por uma mudança de mentalidade, pode-se modificar as regras que ditam a distribuição da riqueza e, consequentemente, a sociedade. Portanto, a revolta é clara manifestação de resistência a um sistema que determina as vidas humanas a uma frequência frenética e alienada.
No final das contas, nem tudo está perdido e, em algum lugar preservado, resta a esperanças de um mundo melhor e mais justo. O deus capital deveria sentir-se ameaçado. A revolução se faz por cada um, dentro de cada um.