Comentários futebolísticos – parte 2
Intolerância é algo seríssimo. Seja ela religiosa, racista ou futebolística.
Eu sou uma torcedora que gosta de ir ao estádio, adoro ver meu time jogar, grito, choro, sinto raiva (utimamente muitas vezes), sinto alegrias imensas, mas uma das coisas que mais detesto no futebol é a intolerância dos torcedores. Já vi gente que não pode usar verde porque é corinthiano, não pode passar do lado do Parque São Jorge porque é são paulino, já vi gente que não como peixe porque não torce para o Santos e gente que não come porco não por causa da religião, mas por causa do Palmeiras. Por favor, vamos parar de besteira!
O pior é que essa intolerância não fica na base dos hábitos da pessoa, mas ela ultrapassa e muito os limites e vira violência. Por exemplo, Atlético Mineiro X Cruzeiro: ponto de ônibus, torcedores do galo e de repente bala. 1 morto e 3 feridos. Assim, do nada.
Até os dirigentes dos clubes se utilizam desse fanatismo futebolístico para uso político e o resultado disso é, por exemplo, o dirigente do São Paulo (Marco Aurélio) se apropriar da paixão dos torcedores pelo time para se eleger vereador. Para quem não sabe o projeto dele é desapropriação de algumas casas em volta do Morumbi para construção de um estacionamento. E para quem não conhece a Independente só tem música que fale sobre violência.
A campanha contra a violência nos estádios só vai funcionar quando os clubes fizerem uma campanha maciça com as suas torcidas seja a penalização, seja qualquer outra medida. Essa coisa de vender menos ingresso para os visitantes não vai adiantar de nada se os hábitos das pessoas como a intolerância não for anulado e se pararem com esse uso da politicagem do futebol. Do contrário vamos ouvir muitos gritos colocando que “a violência voltou” (esse é um grito que a Fiel recomeçou a cantar nos estádios e na ida a eles.)
ps: sou São Paulo até a morte, mas não desejo a morte de ninguém.