Ela Adora me Fazer de Otário #2 – Courtney Love
Courtney como todos que não se esconderam numa caverna sabem, é a vocalista da banda Hole cujo o primeiro single independente foi “Retard Girl“, produzido por o músico Falling James Moreland, ex marido de Courtney, lançado em março de 1990 pelo selo Sympathy For The Record, seguido de uma turnê pelos EUA e resultando em um contrato com a gravadora Caroline Records.
O disco de estréia da Hole se chama “Pretty On The Inside”, cujo o lançamento foi em setembro de 1991, cuja a gravação foi realizada em apenas quatro dias, tendo a produção de Kim Gordon, então baixista da banda Sonic Youth, e Don Fleming, da banda Gumball, o álbum apresentava um som punk, cheio de microfonias e berros.
“Pretty On The Inside”, por incrível que pareça, recebeu críticas positivas nos Estados Unidos e na Europa, chegando a estar presente na lista dos 20 melhores discos da Revista Melody Maker e o single “Teenage Whore” foi escolhido o single da semana da Revista Spin e entrou no top 20 da parada inglesa de singles independentes. Abaixo a lista da discografia completa do Hole e Courtney em sua carreira solo:
Discografia
Álbuns com o Hole
Pretty on the Inside (1991)
Live Through This (1994)
Ask for It (EP) (1995)
My Body, the Hand Grenade (1997)
The First Session (EP) (1997)
Solo
America’s Sweetheart (2004)
Nobody’s Daughter
Singles com o Hole
Retard Girl (1990)
Dicknail (1991)
Teenage Whore (1991)
Beautiful Son (1993) UK #54
Miss World (1994) US Modern Rock #13 UK #64
Doll Parts (1995) US #58 UK #16
Violet (1995) US Modern Rock #29 UK #17
Softer, Softest (1995) US #32
Gold Dust Woman (1996) US #31
Celebrity Skin (1998) US #85 UK #19
Malibu (1998) US #81 UK #22
Awful (1999) US Modern Rock #13 UK #42
Be a Man (2000)
Solo
Mono (2004)US Rock Singles #18 UK #41
Hold On To Me (2004)
Agora façamos uma bela revisão da carreira cinematográfica de Courtney Love, na minha humilde opinião muito mais interessante que sua carreira musical.
Sid & Nancy – Talvez a cabeça de muita gente exploda, mas vejam só, Courtney Love participou do clássico filme de Gary Oldman, Sid & Nancy. Isso mesmo amiguinhos, em primeiro lugar Courtney mandou uma fita para Alex Cox, diretor e roterista de Sid & Nancy, em que a mesma dizia: “I am Nancy Spungen.”, e muito embora o Sr. Cox tenha ficado um tanto impressionado com a tal fita, resolveu escolher uma atriz de mais experiência que Courtney, para o papel escalando Chloe Webb, mas para não deixar a loirinha totalmente na pista, escreveu um pequeno papel de uma amiga junkie do casal título do filme.
Straight To Hell – Mais tarde Courtney foi escalada pelo próprio Cox para o papel de Velma em Straight to Hell, cujo o elenco tem a participação do líder do The Clash, ele mesmo Joe Strummer.
Tapeheads – A terceira participação de Courtney no cinema foi em Tapeheads, no papel da espancadora do Norman (what?!), não sendo creditada, e no elenco desse filme tem o Sr. John Cusack no papel de Ivan Alexeev.
1991: The Year Punk Broke – No ano de 1992, Courtney participa do documentário, 1991: The Year Punk Broke, apresentando sua bandinha Hole, e nesse filme também estão nada mais, nada menos que Ramones, Sonic Youth, Nirvana, dentre outros. Puxando agora um dado pessoal, Courtney se casou com Kurt Cobain em 24 de fevereiro de 1992, na Praia de Waikiki, no Havaí, e em 18 de agosto de 1992 deu a luz à Frances Bean Cobain, cujo o nome do meio (feijão) foi dado a ela por Kurt, que dizia que a filha parecia um feijãozinho durante os primeiros exames de ultra-som. O primeiro nome foi um misto da admiração de Kurt Cobain pela atriz Frances Farmer (frances farmer will have her revenge on seattle, faixa do disco In Utero) e porque não acreditar que também é uma homenagem à Frances McKee da banda The Vaselines (no disco Incesticide, há um cover de Molly’s Lips).
Tank Girl – Mas, vamos voltar a carreira cinematográfica de Courtney Love, vale falar de sua participação na função de coordenadora musical executiva, em 1995, da bomba, com trocadilho por favor, Tank Girl.
Basquiat – Em 1996 Courtney volta a atuar no papel de Big Pink no filme Basquiat.
Feeling Minnesota – No mesmo ano atua em Feeling Minnesota, cujos protagonistas são Keanu Reeves e Cameron Dias, que não tem título em português, pasmem, e a loirinha (Courtney) é simplesmente uma garçonete chamada Rhonda.
Larry Flint – O ano de 1996 estava indo mal cinematograficamente para Courtney, quando finalmente foi lhe dada a chance de estrelar um filme a altura de seu talento. O Povo contra Larry Flint, dirigido por, biografia romanceada do editor chefe da Hustler, revista de nudez feminina que nos States é a grande rival da Playboy. Nesse filme ela é Althea Leasure, uma stripper que se torna a primeira dama da Hustler, amor de Larry Flint, interpretado pelo, mesmo que involuntariamente, sempre cômico Woody Harrelson. Vale realmente a pena assistir a esse filme, pela atuação formidável de Courtney, não abrindo mão da nudez que interessa e muito. Ah, sem interessa… Maravilhosa mesmo.
Not Bad For A Girl – Fechando 1996, Courtney volta a participar de um documentário, dessa vez além de apresentar a Hole, também faz as vezes de co-produtora em Not bad for a girl, documentário que volta as suas atenções a cena das bandas femininas grunges surgidas nos anos 90, tal como L7.
Em 1997 outro documentário Off the menu: The Last Days of Chasen’s, só sendo vista em outro documentário no ano seguinte, 1998, Kurt & Courtney, documentário que explora a velha calúnia.
Clara Bow – Em 1999 é a narradora de um documentário de Tv Clara Bow: Discovering the It Girl.
200 Cigarettes – No mesmo ano Courtney finalmente volta a atuar em 200 cigarettes, no papel de Lucy, em um filme de grande elenco, mas pouco conhecido, vejam só os nomes Ben Affleck, Elvis Costello, Kate Hudson, Jay Mohr, Christina Ricci, Paul Rudd, Martha Plimpton, Casey Affleck, Courtney Love, Dave Chappelle, Janeane Garofalo e Angela Featherstone, filme ambientado no ano de 1981, durante as comemorações do réveillon.
O Mundo de Andy – Creio que ninguém viu 200 Cigarettes, mas creio que alguém tenha visto O mundo de Andy, em que contracena com Jim Carrey, papel em que o ator demonstra sua faceta menos engraçaralha e mais dramática, interpretando o stand up show man Andy Kaufman. Mais uma vez dirigida por Milos Forman, Courtney faz o papel de Lynne Margulies, companheira de Andy Kaufman, que a conheceu quando apresentava um show de luta livre em que só enfrentava mulheres. Esse vale ver o trailer, até pela trilha sonora do REM:
Beat – Chegando ao ano 2000, no filme Beat, no Brasil ganhou o título de Anos Loucos, em que Courtney interpreta Joan Vollmer Burroughs esposa do escritor William Seward Burroughs II interpretado Kiefer Sutherland, e mais um documentário Bounce: Behind the Velvet Rope.
Last Party 2000 – Em 2001, está em Julie Johnson, no papel de Claire, e mais um documentário Last Party 2000.
Trapped – Em 2002, sua última participação atuando no cinema foi em Trapped no papel de Trapped, esposa cúmplice de Joe Hickey (Kevin Bacon), um seqüestrador de crianças de famílias ricas. A família Jennings, vítimas do seqüestro são interpretados por Charlize Theron, Stuart Townsend e Dakota Fanning. E após mais 2 documentários Mayor of the Sunset Strip (2003) (This Is Known As) e The Blues Scale (2004) e um curta metragem Trailer for a Remake of Gore Vidal’s Caligula (2005).
Não se ouviu mais falar de Courtney Love na frente das câmeras, uma bela mulher de idéias por vezes equivocadas relativas a sua figura pública como viúva (às vezes acho que é apenas mais uma personagem, perfeitamente interpretada por ela), mas uma ótima atriz.
Lembro que quando ela estourou com a banda dela foi quando me contaram que tinham suspeitas que ela tinha planejado a morte do Kurt que depois todo mundo soube que era uma besteira mas que ela roubou muitas músicas do cara, músicas gravadas em ensaios, isso tem lá sua veracidade
@ Mr. X Cão
Pelo que eu li na Rolling Stone, o Kurt estava numa fase de abstinencia de heroína que lhe dava sérias dores de barriga, isso acabava com ele, e na fase de tratamento, ele fugiu do local que estava se limpando da droga e voltou para casa. Courtney assim como o resto da família não fazia ideia do paradeiro dele, até a acharem o corpo. Essa é a versão que li na Rolling Stone.Acho que com toda a excentricidade dela. Eu acho primeiro que burra ela não é, e que não ia dar um tiro na sua galinha dos ovos de ouro, a não ser se fosse algo passional, fruto de uma traição, mas não há sombra de notícia de algo assim na vida do casal. Segundo prefiro dar uma certa credibilidade ao departamento de investigações norte-americano. Já viu CSI? Esses caras trabalham, bem.rsrs.
Valeu pelo comentário.