Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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Nós é que somos o vírus.

Resolvi voltar a ler optando por livros mais leves. Escolhi um do Cortella, o “Viver em paz para morrer em paz”. Queria algo que não fosse uma leitura densa, sem grandes reflexões. Mas, apesar de não ser denso, acabei refletindo sobre alguns pontos.

Antes de mais nada, vou deixar claro que não terminei de ler o livro. E o que vou escrever não tem a ver, ou talvez tenha um pouco só, com o que eu acabei refletindo.

Em certo ponto do livro, Cortella diz que o jovem não se interessa pelo meio-ambiente e pela sustentabilidade porque não conseguimos erotizar essas questões e transformá-las em um item de desejo. Quando falamos nos danos ao nosso planeta, projetamos como algo futuro, e quem se importa com algo que ainda nem aconteceu? Deveríamos tratar como algo que já está acontecendo. E, cada vez mais, vemos exploração, desmatamento, emissão de gases e tudo aquilo que está matando a Terra. Está matando.

Também muito inspirada no livro de Ailton Krenak, que explora a questão da COVID-19, ele diz que o vírus parece querer se divorciar da gente como quisemos nos divorciar da natureza. O vírus vem como um castigo pela nossa falta de amor pela nossa mãe Terra.

E, sabe, não existe nada de científico nessas reflexões, mas muito provavelmente a Terra se cansou da gente. De a maltratarmos. De pensarmos somente nas coisas que são criações do homem, sequer são, pra quem acredita, criação divina. Para Deus fomos criados para a contemplação da sua criação. E nós estamos a matando. Dia após dia.

E agora o vírus está fazendo o mesmo conosco. Nos matando. Dia após dia…

Acho que a natureza está dizendo chega.