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Jessica Jones

Faz tempo que eu não parava para assistir algum seriado envolvendo o universo dos gibis. Como as férias escolares chegaram, puder sentar e começar a assistir algumas coisas que ficaram para trás, sem a sensação de que ao invés de assistir série, eu deveria é estar fazendo alguma coisa envolvendo escolas.

Bem, eu ainda preciso, mas agora é férias, posso me dar o luxo de fazer outras coisas.

Enfim, resolvi começar do Jessica Jones. A primeira temporada foi excelente, ainda mais pela interação Krysten Ritter e David Tennant. Sério, a primeira temporada da série foi tão boa que gerou várias discussões sociais.

Mas… ao mesmo tempo surgiu um problema para os roteiristas. Como manter o mesmo nível de história (de interpretação eles estavam tranquilos)? A segunda temporada, infelizmente, não conseguiu. Segue o mesmo padrão “treze episódios” da anterior, mas logo dá para perceber que era uma história que não precisava de tantos episódios assim. Ainda mais se a gente olhar para o tempo de duração de cada episódio.

Também passa a ideia de que na verdade a segunda temporada só serviu como preparação para a terceira. Inicialmente seria para contar como a Jessica conseguiu seus poderes, porém termina como a Patsy (ou Trish, se você preferir) ganhando poderes e mudando sua personalidade.

Obviamente você só entende só percebe isso se acabar fazendo como eu fiz, que é assistir logo em seguida a terceira temporada.

A terceira temporada é melhor que a segunda (o que não era nada difícil), mas ainda assim fica abaixo da primeira. Agora vemos a Patsy aperfeiçoando os poderes que ela conseguiu. Eu não acompanho a Marvel nos gibis, não sabia que a Patsy existe e o codinome dela é Felina. O que fez todo sentido.

Há algo na terceira temporada que dá uma leve melhorada em tudo. Acho que é porque ela procura ser mais parecida com a primeira. Ela peca pelo seu vilão, que não é tão cativante quanto o Killgrave, e não tão esperto assim. Você percebe que ele se dá bem em várias situações não por inteligência dele, mas por burrice de todo mundo ao redor.

Porém, e aqui cabe um belo porém, a terceira temporada não é sobre o vilão, mas sobre a relação Jessica Jones e Patsy. Um conflito que começou a ser trabalhado na segunda temporada e terminou na terceira. São duas frases que regem esse conflito: “o que nos torna herói?” e “qual o limite entre ser herói e vilão?”.

O fim dessa temporada deixa uma pequena sensação de dever cumprido. É um recado claro da Netflix para a Marvel. “Você nos emprestou esse personagem, trabalhamos dessa forma, agora você pode decidir se deixa a gente continuar ou vai pegar o brinquedo de volta”.

Agora é esperar para ver o que será da Jessica Jones no universo Marvel. Meu palpite? Não vão trabalhar com a personagem por um longo tempo.