Acerca de minha composição de melodias
Gostei tanto do post anterior que resolvi também falar sobre o modo como ordeno minhas músicas. Obrigado pelo tema, Wag.
Ao contrário de muitas pessoas, eu gostei e aprecio o serviço de streaming de música. Já que meu celular além de receber ligações, sms e cobranças, também faz às vezes de videogame, câmera, agenda, despertador, computador, cineminha, um monte de outras coisas e tocador de música.
Como os arquivos mp3 ocupam muito espaço, a possibilidade de baixar as músicas pelo aplicativo, que embora compacto ainda mantém a qualidade, é muito sedutora. Sim, eu uso o famigerado, e abençoado, Spotify. Apesar de possuir um iPod Classic de 120GB, é cada vez mais raro eu utilizá-lo por alguns motivos:
- Ter de levar mais um aparelho no bolso;
- Ter de carregar e me preocupar com a bateria de mais um aparelho;
- O iTunes é um porre fenomenal para mexer;
- Ele é mais pesado e menos anatômico que meu celular;
- A possibilidade de ser assaltado e perder mais de um item de valor;
- O que antes era sinônimo de modernidade, hoje é complicado (a rodinha click wheel);
- A tela minúscula;
- Ter sido descontinuado pela Apple.
Se há dez anos eu ouvia muita música pelo computador, hoje em dia a quantidade de música que ouço da mesma forma é nula, já que, como sabem, não possuo computador. No começo da Radiobla™ eu estava no auge do meu vício de buscar e conhecer música nova. Meu finado computador assemelhava-se à serra pelada que sucumbira aos anseios musicais desse garimpeiro dos cânticos. Boa parte dos mp3 que habitam meu aposentado player são resultado de dias, semanas, meses e talvez até uns anos de caçada em busca da batida perfeita. E não era o CD do Marcelo D2. Os gostos e costumes se modificam com o tempo e apesar do saudosismo e ter uma coleção de mais de mais de 100 CD’s, ≅ 60GB de mp3, (nenhum vinil, o que é uma pena) eu ouço mais pelo celular, já que o aparelho acabou se transformando num centro de mídia portátil.
Isto posto, vamos falar sobre a prática de arranjos de canções. No Spotify, tifai para os íntimos, você pode além de seguir um artista/banda, criar várias playlists de acordo com a sua vontade e estado de espírito. Tudo isso gratuitamente, porém há uma pequena desvantagem da conta free para a premium. Ou algumas. No free você não pode escolher a música para tocar, não pode passar mais de cinco vezes uma música (salvo engano), não pode baixar as playlists e tem que aguentar umas propagandas bem fuleiras de tempos em tempos que é quase uma prática terrorista. Na versão premium você faz tudo isso e ainda pode contratar um familiar pra dividir com os amigos ou com a pessoa que você ama e por vezes até com a família.
Por enquanto é assim que minhas músicas estão organizadas. Geralmente eu ouço as músicas por playlists, a não ser quando estou descobrindo uma nova banda/artista. A maioria das músicas já conhecidas e que já figuravam no emaranhado de coisas que era meu iPod estão amontoadas na playlist Mitch trip. Inclusive vocês podem conferir em primeira mão minha grande criatividade para nome de listas. O interessantes dessas listas é a primeira, feita pelo próprio aplicativo, com artistas que você não ouviu ainda baseada nas músicas que você já ouviu. Outro ponto interessante de notar é como cada vez mais estamos utilizando o aplicativo como ferramenta para nosso tão querido e amado podcast (facilmente identificado por ter um nome abaixo antes de dizer quantas músicas há na lista).
Hoje mesmo voltei a garimpar algumas coisas, já que não há como perder esse costume, e como estou estudando russo, decidi verificar algumas bandas russas para acostumar o ouvido e praticar pronúncia. A primeira que ouvi um pouco foi Zveri (Звери), um pop/indie muito bom de ouvir e o vocalista ajuda com uma boa voz. Outra é [Amatory], um nu metal interessante que só poderei tecer mais comentários depois de ouvir mais, mas os vocais também são bem feitos dentro da proposta. E a última se trata de uma banda de folk metal chamada Arkona, que das bandas é a única que nomeia suas músicas e álbuns com o alfabeto romano. Sou muito suspeito para falar de folk metal e essa banda logo na primeira música conquistou meu coração. Yarilo é uma música muito vivaz e poderosa, além de ser cantado na língua materna.
Por essas e outras que acredito só parar de procurar músicas novas após deixar este plano de existência. É um trabalho para uma vida inteira escutar e apreciar toda a criatividade humana através dos sons.