[MCP3] O primeiro natal em casa
Depois de seis anos passando o natal no trabalho, essa é a primeira vez que passo a data em casa. Sim eu gosto de natal, apesar de não ter visitado o Rio Grande do Norte ainda. (piada: ok)
Nada melhor do que receber os parentes em casa. Fazer as comidas de natal nesse calorão não é bom. Ficar nervoso se todos serão bem servidos e nada faltará não é lá uma atividade tranquila. Mas no fim tudo dá certo e comemorar o natal em família é tudo de bom.
Claro que existem pessoas que não gostam de natal. Tem gente que nem comemora. Tem gente que comemora o hanukkah, kwazaa ou outra festividade. Jesus, Mitra, Héracles e tantas outras figuras mitológicas comemoram o dia de seu nascimento no dia 25/12. Acredito que respeito é legal e deve ser praticado por todos.
O que eu mais gostava do natal, quando criança, era da bagunça, a família reunida, brincar/brigar com os primos, comer de tudo um monte. Só depois que a gente fica adulto fica sabendo que fazer tudo isso é penoso e não é tão legal assim a tal bagunça. Mas daí você aquela criançada correndo e rindo pela casa e você esquece um pouco da trabalheira que deu.
Há outra situação muito ruim para algumas pessoas nessa época do ano. Muitas famílias perderam algum de seus integrantes próximo a essa data e geralmente não a comemoram. Como o natal é uma tradição, elas terminam e começam com a morte ou a vida. Já vi algumas famílias retomando a tradição natalina por conta de novas crianças que entram para o convívio familiar. E isso é uma coisa bonita de se ver, como uma chama que reacende numa noite fria.
Engraçado como algumas coisas que aprendemos ficam conosco para a vida inteira. No começo do ano, a minha professora favorita nos presenteou com um texto de Bakhtin que fala bem das festas de inversão que configuram os banquetes e sobre a carnavalização.
Ao contrário da festa oficial, o carnaval era o fundo de uma espécie de libertação temporária da verdade dominante e do regime vigente, de abolição provisória de todas as relações hierárquicas, privilégios, regras e tabus. Era a autêntica festa do tempo, a do futuro, das alternâncias e renovações… (BAKHTIN, 1987, p. 8-9).
Por essas e outras que eu adoro o natal e o considero o melhor feriado, pois sempre será uma data familiar, de reunião com aqueles que você ama. Até aquele tio chato que faz a piada do pavê e a tia que soca passas em tudo.
Um feliz natal e até amanhã!