Blablaísmo

Blá blá de qualidade

Archives

Minha vida verde – 5 dias

sentimentos

 

Neste mês de maio decidi por vários motivos adotar uma dieta vegetariana. Entre eles o maior é a curiosidade de saber se consigo ficar um mês sem comer carne, além dos benefícios de saúde que virão na bagagem.

Nunca tive a necessidade imensa de comer carne todo dia, mas admito que sou fã de um maravilhoso T-bone, picanha, contrafilé, costeleta de porco, frango grelhado, peixe frito etc. São pratos extremamente saborosos, nutritivos e ricos em proteína.

Engraçado notar o quão nossa sociedade está viciada em carne, que quando mencionei a um amigo que iria parar de comer carne por um mês, ele me perguntou por quê que eu tinha raiva da comida. Outra disse sinceramente que não imaginava sua vida sem carne. Isso me fez refletir sobre várias coisas, dentre elas um dos outros motivos pelo qual não comerei carne esse mês: a forma como é produzida a carne. Inclusive nosso ask recebeu uma pergunta pertinente que gerou uma discussão interessante na sala de reunião do blog. A pergunta era “É ético comer carne?”. Juro que não fui eu quem fiz essa pergunta, até porque não tinha contado para muita gente sobre esta decisão, e a equipe do blog ficou sabendo hoje.

Sabemos que quanto à ética, deixamos muito a desejar. Depois que a necessidade de uma boa nutrição passou para uma orgia alimentícia, fundamos uma fábrica de morte onde os animais são criados em condições precárias de espaço, e por vezes sanitárias, somente para nosso bel prazer.

Agora vou relatar como foram os primeiros cinco dias sem carne.

Dia 1: Para resumir foi um dia perdido. Eu ainda tinha um pouco de mortadela na geladeira e justamente por ter durado até o primeiro dia do mês, quando cheguei do trabalho de manhã, cheio de fome, não pude deixar lá para que estragasse e acabei comendo. Mas foi somente esse “deslize” até o momento. Antes de sair comi um delicioso macarrão integral feito pela esposa.

Dia 2: Não lembro direito o que comi, no almoço foi o restante do macarrão e o jantar foi um maravilhoso misto de pizzas. Meia tomate seco com rúcula e metade champignon.

Dia 3: Esse foi o dia da prova de fogo: restaurante a quilo. Procurei um buffet que tivesse boas opções de vegetais e saladas. Como estou inserido na dieta ovo-lacto-vegetariana o impacto sobre o que como não foi tão grande, já que como o nome diz, posso consumir ovos e laticínios. Detalhe foi para a lágrima de saudades de ter passado na parte de churrasco e ter pegado meio quilo (exagero) de coração de galinha. Posso dizer que foi só saudade mesmo, porque a comida estava muito boa e um destaque especial para a combinação de tomate seco com salada de ovos estava ótima, além da muçarela de búfala.

Dia 4: Além de o almoço ter sido macarrão com ovo, assim como o jantar do dia anterior, na refeição noturna, dona esposa surpreende novamente e faz um delicioso arroz de forno com queijo, ovos (misturados ao arroz e cozidos no calor), milho e ervilha. Quase um quiche e mais delicioso do que um.

Dia 5: Quase escorreguei. Indo ao centro para fazer exame períodico do trabalho com um amigo, passamos antes em uma lanchonete para tomar o café da manhã, já que saímos do trabalho às oito. No momento em que iria pedir um pastel chinês, perguntei os sabores e quase, QUASE pedi o de frango, mas depois de um minuto aguardando minha vez, lembrei da dieta e pedi um de queijo com refresco de maracujá. E não me arrependi. O melhor pastel chinês de queijo que comi na minha vida.  No jantar eu fiz minha primeira receita vegetariana (salada não conta), o seitan. Ou carne vegetariana, glutém ou outros nosmes. No próximo post coloco fotos da preparação e a receita. Para terem uma ideia, coloco as fotos.

 

foto 1
Recém cozido
foto 2
Fatiado