Malditas notas!
Se eu pudesse mudar algo na educação, eu acabaria com as notas.
Nós, professores, temos que levar em consideração várias habilidades na hora de avaliar um aluno. Algumas habilidades são iguais para todas as disciplinas, por exemplo: capacidade de compreensão de texto. Outras são mais especificas, como, por exemplo, leitura e compreensão de mapas.
No fim, você pega todas as essas habilidades que teoricamente o professor precisa levar em consideração para avaliar e transformar isso em uma nota entre 0 e 10. Ou seja, você vai olhar para todas as habilidades, vai pensar se o aluno atingiu plenamente, só atingiu ou não atingiu e transformar o resultado final em um numero.
Isso é um veneno na educação.
A situação mais comum é o aluno perguntar se uma atividade vai “valer nota” ou “ponto”. Ele acaba estudando para conseguir essa pontuação, não para realmente aprender/construir conhecimento. Os pontos são migalhas que o alimenta até o 10, depois disso a fome passa. Já presenciei muitos alunos falarem que não vão mais estudar, após saberem a nota do bimestre. O aluno mais malandro percebe que se conseguir obter nota sete nos três primeiros bimestres, a possibilidade de reprovação só surge em caso de muitas faltas. Ou seja, o interesse por aprender pode diminuir.
Por que não mudar esse sistema? Por que precisamos dar uma nota de zero a dez? Precisamos ser tão competitivos assim? Massagear o ego com nota alta ou destruir nossos sonhos com notas baixas?
Tenho respostas para essas perguntas? Sim, mas não totalmente formuladas. Preciso pensar mais antes de colocá-las aqui no blog.
Concordo em genero, numero e grau. Onde eu assassino em baixo?
O modelo de sociedade tem que mudar urgente.