Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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lambada

Tudo na vida tem seu ritmo.

Em dezembro de 2006 eu achava que iria revolucionar o mundo com uma ideia inovadora e sem precedentes: criar um blog. Muito ingênuo para uma criança de 25 anos.

Entre idas e vindas, posts bons, razoáveis ou na maioria das vezes, rasos e péssimos, aprendi muita coisa. Desaprendi também. Desaprendi a ter aquele sentimento de querer escrever 3 posts por dia, desaprendi a querer ter sucesso e viver de blog, seria mágico, mas também nunca foi muito meu objetivo quando entendi bem como a coisa funciona, desaprendi a me expressar da forma peculiar que utilizava em alguns textos. Fiz duas faculdade e não terminei nenhuma. Inclusive essa última é a responsável por eu não conseguir me expressar melhor. Ironicamente era letras. Até porque quando você começa a dissecar a língua, você percebe que falava uma língua das cavernas, mesmo eu, presunçoso que era, que achava que tinha um bom vocabulário, agora não sei extrair o máximo daquilo que sinto ou imagino. Não sei mais tirar esses demônios que me assolam frequentemente  da cabeça e acabei me refugiando em jogos eletrônicos, leitura e música para tentar desanuviar a mente.

Como bem sabe o Wagner, já quis parar de escrever, largar o blog, assim como fiz com o meu primeiro, assim como muitos dos nossos amigos escritores do lindo blog que vocês acompanham que realmente pararam ou entraram em um enorme hiato. Inclusive isso me lembra que os maiores leitores desse blog, somos nós mesmo. Uma forma interessante de conversa nós desenvolvemos aqui. Mandamos mensagens, pedimos socorro, tentamos o outro fazer rir, mas percebo que a maioria quer mesmo é conversar com si mesmos. Como eu agora, mandando um lembrete para mim do por quê de eu nunca ter desistido ou largado o blog: eu sou esse blog e ele sou eu. E é o Wagner, o Arthur, a Rebeca, o Ferronato, o Vagner, o Paulo, o Messias, a Kelly, o Danilo e muitos outros que doaram um pouco de si para o blog. Eu acompanho esse blog, desde antes de eu participar dele. Já participava, mas como comentarista dos ótimos posts do Wagner, quando ele ainda tocava isso aqui sozinho. Fiquei deslumbrado com a descoberta de uma nova mídia quando nasceu a Radioblá. Fiquei empolgado quando tivemos vários blogs filhotes do Blablaísmo, fiquei triste quando a maioria morreu. Muitos projetos, muita energia e ideias foram gastos nesse blog. É um dos poucos lugares onde eu posso fazer o que quiser, ser livre. Ou pelo menos pensar que sou.

Toda essa lenga-lenga é só para dizer que estou vivo e não pretendo, nem nunca vou parar de escrever aqui e sempre seguirei o tempo necessário para escrever algo que eu ache válido, mesmo que toda a população da Pápua Nova guiné não ache legal eu vou gastar o teclado de um computador ou outro eletrônico, pois quando eu escrevo aqui, é como se minha alma respirasse e quando leio um texto dos meus amigos eu converso com eles, os conheço mais.

Eu amo esse blog.