Eu e minhas mancadas inocentes, mas que acabam magoando um coração apaixonado
Neste ano as palavras “rodoviária” e “terminal de ônibus” aparecem muito no meu dia a dia. Se somar as horas que passo nelas, ultrapassa largamente as horas passadas nos meus 28 anos anteriores.
Acho que ficou confusa essa frase, mas quem se importa?
E tenho visto muita gente estranha. Será que esses locais possuem algum tipo de magnetismo não o devidamente estudado pela humanidade?
Algumas semanas atrás estava eu calmamente ocupando uma das cadeiras próximas ao local de parada do ônibus Piracicaba-Rio Claro, quando um casal sentou ao meu lado. Um detalhe importante dessa história é que eu estava imerso na música que eu estava ouvindo.
Cerca de 10 minutos após isso, o ônibus chega. Calmamente começo a me levantar para embarcar quando:
– Essa mulher ainda será minha!
– Oi?
– Essa mulher. Eu sou apaixonado por ela e eu sei que ela também está apaixonada por mim. Eu sou o homem dela e ela sabe. É só uma questão de tempo.
– Que mulher?
– A que estava do meu lado!
– Era mulher?
O olhar que o homem lançou em minha direção me fez perceber que era melhor eu embarcar logo. E rezar para que ele não embarcasse também.
Huahuahuahua olha o gato por lebre!
Quem mandou ele vir com blá, blá, blá. Tomou na cabeça a realidade!