Sobre traição e Sinuelo
A essa altura do campeonato, acredito que você já deve saber desse caso de traição que foi pauta o dia todo no twitter. Ok, o dia todo é exagero, pelo menos a manhã toda.
Mas se você teve preguiça de clicar no link, irei fazer um resumo da ópera: aluna sai com professor, mas ela tinha um namorado. O traído descobre que o caso foi combinado através do facebook, invade o perfil da ex-amada e espalha a conversa pela internet. Fim.
Essa história toda me fez pensar em um detalhe. Não, não foi o fato do professor sair com a aluna. Percebe-se que foi algo consensual. Também fica complicado falar que foi uma traição de fato, já que não sabemos em que pé realmente estava o namoro. O “compromissada talvez…” nos mostra que o relacionamento já não estava grande coisa.
O que chamou a atenção foi o fato do traído expor esse caso na internet.
Provavelmente a ideia dele foi de mostrar a todos que sua ex-amada não é uma moça que presta. Talvez ele tenha conseguido. Mas ficará conhecido como “corno Sinuelo”*. Talvez aconteça algumas fotomontagens com ele. Pode acontecer também um processo, por exposição e constrangimento de algumas pessoas. Afinal, a conversa entre a “aluna” e o “professor” aconteceu através de mensagens particulares no facebook.
Mas o que leva uma pessoa a revelar ao mundo que ela foi traída? O que ele ganhou? A resposta é óbvia: nada. Ninguém ganhou nessa história toda. Ao colocar na internet o caso, abriu precedentes para todos os tipos de comentários possíveis dos comentários sensatos até os mais hipócritas. Mostrou a falta de capacidade do traído de lidar com a situação.
Enfim, desejo a todos os envolvidos boa sorte para resolver essa história toda. A sorte de vocês é que a memória da internet é fraca e até o final de semana ninguem mais lembrará disso.
ps.: Eu já fui traído. Olhando por cima meu histórico amoroso, não precisa ser gênio para saber que alguma delas já me traiu. Nunca descobri um caso. Mas se eu descobrisse, não sairia espalhando por aí. É um assunto particular demais. Envolver muitas pessoas não vai ajudar em nada. Fica aí o conselho.
Dei risada quando li a história, mas já senti na pele o que é ter alguém (conhecido) invadindo seus emails, redes sociais e expondo tudo pra todo mundo. Sabe, a gente sempre aprende com esses casos. Nem que seja a lição mais idiota, como por exemplo excluir – inclusive da lixeira – as conversas impublicáveis.