Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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Não consigo pensar em um título melhor para este post do que o clássico “Dia dos Namorados”

Sabe qual o grande problema do Dia dos Namorados? É ele existir.

Há vários modos de abordar essa data. Você pode dar dicas de como aproveitar a data caso esteja acompanhado, dicas do que fazer caso esteja sozinho, dicas disso daquilo acolá… enfim, há uma gama de maneiras de falar sobre. Eu mesmo poderia abordar aqui que em minha vida só passei essa data acompanhado, poderia choramingar ou qualquer outra coisa que desperte um minimo de pena.

Mas não quero falar sobre isso. O que eu quero abordar é o quão chata é essa data, pois ela pegou algo que deveria ser espontanea e a transformou em obrigatório. Sim, você é obrigado a fazer algo nessa data. Não há a opção de nada fazer.

Se você namora ou é casado ou tem um tico tico no fubá, você TEM que fazer algo, ou passará a ter uma imagem de pessoa relapsa. É como se as pessoas soubessem que você nada fez e começarem a ter reações de reprovação conforme você é visto. “Olha lá, aquele lá não fez nada, nem mandou flores, nem um misero cartão” ou “aquelazinha… tsc tsc tsc”. Ou seja, a demonstração de amor e carinho por alguem não pode ser, de maneira alguma, espontanea. Trocou-se isso pela obrigação da data.

Agora, se você se encontra solteiro ou solteira, olha, que situação ruim! Você não pode passar essa data sem alguem! Como assim, que loucura é essa? Levante essa bunda da cadeira (ou sofá, não sei onde você está no momento) e vá caçar alguem, vá se declarar! Assim é o Dia dos Namorados para quem se encontra no time dos solteiros. A data não permite você passar sozinho. É como se isso fosse algo pecaminoso e não comemorar essa data de algum modo é carimbar o passaporte para algum circulo do inferno.

Talvez seja isso que me faz não gostar da data: essa obrigatoriedade de fazer algo. Ou é recalque.