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O que eu vou ser quando crescer?

Essa era uma pergunta frequente quando eu tinha apenas uns 5 anos de idade, talvez até menos.

Desde pequenos somos incumbidos de decidir nosso futuro nem mesmo quando sabemos o que futuro significa além de acordar depois de dormir e ser um novo dia. Em 98% dos casos os pais decidem o que você quer ser e você até acredita que é isso o que quer, e quando dá por si você está no 6º período de direito sem nem gostar de ler.

A primeira coisa da qual me lebro almejar ser, foi engenheiro eletrônico. Não sei de onde surgiu isso, mas o nome era bonito e todo mundo ficava com os olhos brilhando enquanto eu dizia: genheiro eletlônico. (engraçado é que anos depois eu fiz engenharia de produção, e larguei)

Depois um pouco mais jovem eu entrei em contato com o fabuloso mundo da arte. Quis ser ator, pintor, dançarino, músico, cineasta, escritor e etc. Ainda admiro a arte, mas pelo que podem ler e ver dos meus textos, não levo o menos jeito.

Por vezes o trabalho que desempenhamos nos leva a querer seguir determinadas profissões. Quando trabalhei no Mc Donald eu quis fazer engenharia de alimentos, no Extra quis cursar administração, em uma fábrica engenharia novamente. Claro que o desejo se vai quando o emprego não se mantém.

Quando deixamos nos influenciar pelos pais ou pelo meio e optamos por decidir entrar num ramo profissional, é quase certo que venhamos a nos frustrar. Isso como podem ter visto, aconteceu comigo. Hoje faço letras (tenho de deixar isso oculto para que não me crucifiquem a cada erro ortográfico), uma faculdade que eu depois de anos de reflexão, pulando de emprego em emprego percebi que gostaria de fazer e durante o curso me descobri desejoso em ser professor, tenho por fim meu destino decidido, porém o caminho é que não está determinado ainda, pego atalhos, erro o caminho, começo tudo de novo, mas sei onde quero chegar.

A grande questão é que nunca sabemos o que queremos ser quando crescer, porque não sabemos quando crescemos e nem o que a vida nos reserva. A vida é curtinha e quando menos esperamos somos os médicos que nos cuidavam, os garis que mantêm nossas ruas limpas, os motoristas que nos levavam para toda a parte. Nenhuma profissão tem demérito, ruim mesmo é estar desempregado e pior, gostar de estar assim. Mesmo algumas mamães que não possuem emprego, tem um trabalho (aguentar você deveria ser reconhecido pelo inss como profissão com insalubridade), que é cuidar dos rebentos, da casa, do marido. Sem contar que hoje em dia, alguns papais também têm essa função (eu seria um dono de casa numa boa).

O que eu vou ser quando perceber o que sou?