Dos que tenho pena
Hoje precisei lecionar 6 aulas de física. Isso mesmo, física.
Mas por um erro meu, não deixei nenhum material de atualidades pronto para aulas no ensino médio, pois desde o começo do ano eu só estava lecionando para 5º e 6º séries, então acabei relaxando nisso. Erro meu, confesso, então resolvi abraçar a física.
O assunto não era dificil: cálculos de velocidades. Velocidade igual a delta S sobre delta T. Eu até que gostava das aulas de física, na época do colégio. Não era um aluno exemplar, já que história e geografia sempre foram o meu forte, mas também não fazia feio. E eu lembrava o básico para ajudar os alunos.
Como eu não era o professor fixo das turmas, só estava ali porque a professora faltou, deixei bem claro que não era um professor da área, mas que estava com vontade de rever essa matéria e que ia resolver os problemas junto deles. Uma troca de informação, basicamente.
Apesar de poucos alunos estarem realmente interessados em fazer os exercicios que a professora havia deixado, a grande maioria estava cagando e andando para isso. Alias, cagando e andando para a minha presença ali. Não houve alguma ofensa, mas era visivel que eles preferiam que eu não estivesse ali.
É nisso que aí eu fico pensando: é a geração da aprovação automática (conhecida formalmente como progressão continuada). Podia ser eu, a professora fixa, o papa, o presidente… não interessa, eles não iria prestar atenção. Eles são o resultado de uma política que prefere quantidade do que qualidade. Aí, qual vai ser a motivação do caboclo de prestar atenção em mim ou em qualquer professor? Zero. Para menos.
São desses que eu mais tenho pena.
Mas se você tivesse tocado ‘Only Girl In The World’, geral ia te chamar pro batchy-cabelo 😛
hahahahahahaha
Fico imaginando que se eu fui parte da pós-geração coca-cola, o que resta pros adolescentes de hoje? Tão bebendo água sanitária porque alguém disse no twitter que é legal…
Batchy-cabelo! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA