Blablaísmo

Blá blá de qualidade

Archives

Ciclo Musical

John Lennon e George Harrison ressuscitaram, reagruparam os Beatles e formaram uma nova banda junto com o Pink Floyd.

Não, isso não é um filme sem pé nem cabeça. É apenas a música renascendo conforme seu melhor estilo e época.

A frase “Nada se cria, tudo se copia” é muito bem aplicada à música. Ela anda em círculos. Estilos antigos estão vindo à tona novamente, sempre com alguma modificação, mas com uma clara relação com os primórdios. Ou você acha que Michael Jackson não teve influência no som de Lady Gaga?

Isso não é novidade pra ninguém, mas o destaque aqui está justamente no primeiro parágrafo deste texto: a mistura de estilos.

Atualmente é comum uma nova banda aparecer e dizer que o som que fazem é uma mistura de rock, eletrônica e rap. Isso é interessante. E desastroso.

Alguns tipos de música não foram feitos para serem unidos a outros. Rock não combina com Samba, o Sertanejo não é compatível com o Trance, e música Gospel não tem ligação com Heavy Metal. Mas acredite, isso e muito mais já foi experimentado.

Porém, entre tantas tentativas frustradas, algumas bandas se saem bem e mostram que fizeram o dever de casa.

Uma delas é a que inspirou o começo deste texto. Você acha que ficaria estranho – ou até monótono – a junção de Beatles e Pink Floyd? Pois saiba que tentaram, conseguiram e o resultado saiu fantástico.

Tame Impala é o nome da banda que faz jus a esse bom e velho Rock’n’Roll. Uma banda nova, nascida em 2007, mas que mostra uma grande fidelidade a músicas antigas. Instrumentais psicodélicos e lentos que intercalam com aquela batida mais rápida e abafada da bateria de Ringo Starr.

Ouvir Tame Impala é como escutar uma nova música do Beatles e, ao passar para a próxima da lista, você se depara com uma composição nunca ouvida do Pink Floyd. Quando você percebe, já está escutando a voz de John Lennon e o baixo de Roger Waters numa mesma canção.

A banda joga um balde de água fria em muitos que dizem que o bom Rock’n’Roll não voltaria mais, que a música está em decadência e teremos de viver do passado. Ela mostra que o estilo não acabou, e está voltando com força para satisfazer saudosistas e amantes da boa música.