Blablaísmo

Blá blá de qualidade

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Pop Divas Deathmatch

Resolvi escrever esse post em razão do meu descontentamento e irritação ao presenciar no Twitter inúmeras discussões entre fãs de diferentes “divas” pop (em parênteses mesmo, já que algumas cantoras não podem ser consideradas assim), de ficarem comparando qual que é a melhor, quem imita quem, e blablablá. OK, essa é apenas a minha opinião, mas considerem alguns fatos referente à cada cantora:
Lady Gaga: talvez a cantora que mais gere discussão, já que ela está no auge (será?) de seu sucesso, e parece que qualquer outro artista que queira inovar no visual parece estar imitando ela. Mas vejamos gente, Gaga não é lá muito original, pois é só perceber aquelas pinturas no rosto que ela usou em seus dois primeiros videoclipes…é uma coisa que o David Bowie já fazia nos anos 70, ou os figurinos dela de corpete e sutiãs protuberantes? Madonna (sem contar o clipe “Alejandro” dela…). Muita coisa de cabelos e figurinos dela lembra alguns da Cristina Aguilera. Mas o que eu escrevi até agora dela parece que eu estou denunciando-a, quando na verdade vou até defendê-la, já que eu sou fã: Lady Gaga não é original não, ela apenas reinventou o universo pop, se inspirando um pouco aqui e um pouco acolá, colocou a sua visão própria e se vestiu com o manto do glamour bizarro e veio pra dar uma sacudida no mundo pop que andava meio parado, convenhamos.
Cristina Aguilera: ela está de volta, e pelo que parece, agradou seus fãs com seu novo disco “Bionic”. Ainda não ouvi, até por que eu não sou muito fã dela. E OK que ela fisicamente lembra a Lady Gaga, mas a Aguilera está na estrada há muito mais tempo (desde 1999, enquanto Gaga tem 2 anos de carreira), e já produziu bastante coisa boa, é só procurar!
Britney Spears: os fãs fervorosos dela que me perdoem, mas todos nós sabemos, quer alguns admitam, quer alguns não, que a Britney não é cantora, é uma gatinha produzida em laboratório (ou melhor, em estúdio) pra ser uma cantora. Não é segredo que ela faz cover nos shows (e até no Twitter). O que ela tem pra ajudá-la a conquistar as paradas de sucesso é uma produção do caralho de milhões de doletas e bons (será?) compositores e músicos. Curto uma ou outra música dela, mas no geral ela fica devendo, e muito pra essas que eu citei aí em cima e as que virão. Acompanhem e comparem.
Kyle Minogue: Essa é guerreira. Tem uma carreira de mais  de 20 anos e venceu um câncer de mama. Só que a australiana vem “correndo por fora”, fazendo sucesso só pra alguns poucos fãs (se comparada às outras divas pop). Tem grandes sucessos sim e também está de volta com disco novo, o “Aphrodite”, que também não escutei nada por também não ser fã.
Madonna: Poxa, não preciso nem defendê-la, pois ela é simplesmente a mãe de todas elas. Só o que a Madonna fez em metade de sua longa carreira já valeria por 20 vidas de cantoras pop. Ela anda meio perdida musicalmente atualmente (tentando fazer músicas diferentes, em diferentes estilos, o que é bom já que é preciso sempre se reinventar e não se repetir), mas ela já tem uma obra no passado que a enaltece por si só.
Mas o que conta no final: o sucesso que uma cantora faz? Quantas músicas ela emplaca na Billboard? Quantos discos ela vende (e ainda se vive de venda de discos?)? Bom…se eu perguntar pra minha mãe – uma senhora de 50 anos  que está mais por fora do universo pop do que casco de tartaruga – quem é a Kylie Minogue ou a Aguilera, ela certamente não saberá me dizer, mas se eu falar Madonna ou Lady Gaga (e que provavelmente pra esta última ela diria “aquela cantora louca que eu não gosto”), ela saberia. Será que é isso que conta? Ou os números dos CDs vendidos, de quanto cada uma arrecadou no ano passado? Acho que não, né. O que vale é o gosto de cada um e que devemos respeitar todos os fãs, não importa de que cantora seja.