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A virtualidade de nossas vidas

Fluxos, conexões, operadores, tecnologia, globalização, ciberespaço (interações sociais) e cibercultura (valores). Informação, moral, regras, objetivos, símbolos, técnicas e capitalismo. Para a sociedade em rede nós nos bastamos assim.
Somos, seres humanos, apenas operadores da Informação. O que interessa são os fluxos imateriais que correm por meio de cabos de fibra ótica, constituindo a rede, a internet e, consequentemente, formam a nova sociedade. Quem são os atores? A tecnologia, o capital e…..ah, os atores sociais.
Tudo é global: a crítica, a vida pessoal, a notícia, a fofoca, a privacidade. Tudo é transmitido 24 horas.
O deus Tecnologia dogmou a vida dos indivíduos e, mais uma vez, os homens se submeteram a uma criação. Quem sabe daqui a uns anos viveremos numa Matrix? E poderá haver uma sociedade cibernética em que os homens serão uma raça em extinção interligada à rede por cabos em seus orifícios e a um computador. A ficção pode se tornar, assim, realidade.
Mas tudo isso já pode estar ocorrendo (de outra forma). Os fluxos antes virtuais são, nessa sociedade informacional, concretos. Mas será o virtual real? Será a virtualidade regra social?
E, dessa forma, a sociologia passa a estudar a sociedade virtual com todos os seus controladores, operadores e fluxos. As relações sociais reais são deixadas para segundo plano.